terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Amor que não se pode dizer o nome

Era uma noite fria de sexta-feira. Sempre juntos, andávamos pelas ruas de uma cidade que não descansa.
Uma rua e tudo parou. Meu tempo parou, o seu acabou.
Não precisaram de mto para levar vc de mim. Enquanto meu corpo caía sobre a calçada. Via vc me defender. Vi vc oferecer a sua vida pela minha.
Apenas senti uma pontada nas costas e o resto do meu corpo foi-se ao chão. Caí devagar.
Seu rosto sujo de sangue foi minha última lembrança.
Levaram vc de mim e me fizeram olhar enquanto partia.
Levaram vc com ódio. Justo vc que tanto amou.
Levaram vc na covardia. Sua coragem para nos amar não nos protegeu.
Levaram vc de mim, desse mundo.
Mas ainda sinto sua mão em meu peito para me acalmar. Sinto sua mão na minha testa para me proteger. Sinto seu abraço apertado que me dava toda manhã e toda noite, com um suspiro em meu ouvido.
Eles podem ter levado vc, mas jamais tirarão vc de mim.

Um comentário:

  1. Nossa, quase tomei um susto! Escrevendo desse jeito parece que realmente aconteceu algo, só que com você.

    Mas, já aconteceu. Com os outros, com todas essas notícias que aparecem...

    Ontem, eu vi um filme, um que se chama "O menino do pijama listrado". Fiquei com o coração na boca. E também pensando em como pôde ter acontecido aquela matança toda pelas mãos dos nazistas.

    E em como, mesmo hoje, ainda exista esses preconceitos absurdos em relação a raças, orientações sexuais, opiniões. Em como alguém pode querer matar, espancar e reprimir outro ser humano por causa de uma crença.

    Quem criou esse alguém?
    Alguéns.
    E esses alguéns vieram de onde?
    De outros alguéns.

    Se formos procurar de onde surgiu tudo, chegaremos a conclusão de que a culpa toda é do Adão e da Eva rs

    Mas, será que eles existiram? Se não, onde cairia a "culpa"?

    E será que ela importa?

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