segunda-feira, 20 de setembro de 2010

1 litro de lágrimas

Hj eu terminei de ver a novelinha japonesa 1 litro de lágrimas. Para nós é mais similar à uma minissérie que uma novela. Elas tem poucas capítulos de duração não mto gde tb.
Essa novelinha me tocou por mtos motivos e me faz pensar em mtas coisas.
Sinto-me renovado ao vê-la, quase uma sessão de descarrego de tanto que se chora.
A história, como toda história japonesa, é triste. Mas é contada de maneira mto sensível e sutil.
Conta-se sobre uma menina com uma doença incurável. A doença tem caráter progressivo e aos poucos tira o equilíbrio e o movimento do corpo. Ela pode ser pensada em mtos aspectos para a Terapia Ocupacional tb.
Ela me fez pensar em todo meu sentimentos e meu processo criativo. Em como eles estão interligados.
Me fez pensar na relação que tenho com meu corpo. Meu corpo é minha casa, minha vida.
Acho difícil vê-la e não ficar em um estado de reflexão e contemplação.
Recomendo a todos, espero que gostem.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Corpo calado

Lá estava ele em meio aquele agrupamento de pessoas dentro de um ônibus.
Um gde agrupamento, pensou.
Sua mente estava em outro lugar. Calado com seu fone no ouvido, pensava na vida. Conexões de diversas ordens eram formadas naquele emaranhado de ideias.
Até que sentiu aquele corpo pesado recostando sobre suas costas. Fora um toque leve e sutil, mas sentira-o com vigor.
Nesse momento olhou para os lados atento a situação. Havia mta gente. Seus corpos se aproximavam, se tocavam, se esbarravam.
Há qto tempo estaria ele sendo tocado por outros? Qtos teriam passado por ali e realizado um contato corpo a corpo?
Olhou para os lados novamente. Via aquele agrupamento de pessoas e pensou em qtas estariam na mesma situação.
Em meio aquele aglomerado, era melhor não pensar. Melhor mesmo era instaurar uma dissociação entre mente e corpo.
Se prestasse atenção, recostariam em lugares privados, em lugares proibidos.
Mas seu corpo pulsava. Ele tinha vida.
Por mais que esquivasse sua mente, ele a puxava de volta.
Eles não poderiam ficar separados. Sua mente estava corporificada e seu corpo jazia entre pensamentos.
Como os outros conseguiam permanecer tão apáticos em meio a td isso? Como ele fazia para cortar essa conexão novamente? E queria mesmo isso? Queria se desligar de seu corpo, queria desligar suas sensações?