terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dois meses

Depois de dois meses ficamos eu e vc por aqui. As coisas passaram, as coisas se foram.
O medo me deu uma trégua.
Ficamos apenas eu e vc a conversar. Deitados em cima daquela cama nos olhávamos como duas crianças que acabaram de ganhar um novo presente.
Sim, era novo. E, claro, era um presente. Presente maior que esse ainda não vi.
Estar ao seu lado, estar com vc. Estar... é bom estar.
Mas parece que estou com vc há tanto tempo.
Parece que te conheço de algum lugar.
São somente dois meses.
Mas nossos corações ditaram uma temporalidade atípica. Ela não pode ser medida. Não pode ser contada.
Mesmo com seu jeito exatóide e minha forma humanizada, o tempo nos escapa.
E quando percebemos foram apenas dois meses.
No entanto o presente continua. Ele se renova a cada dia.
E nossos olhares, continuam a se fitar como duas crianças.

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