quinta-feira, 10 de junho de 2010

XIV Parada do Orgulho LGBT

Era um domingo de festa e manifestação.
A paulista era fechada para o transcorrer de trios elétricos, de artistas, de manifestantes, de gente.
E eu no meio daquela multidão esperançoso em realizar um desejo. Subir num trio elétrico.
Um desejo de tempos, desde 2003, minha primeira parada.
E quanto tempo foi necessário para se chegar no momento de se estar lá em cima.
Olhar tudo do alto e observar os passantes abaixo. Interagir com os que passavam.
Expressar-se e festejar o momento.
Neste ano onde meu ativismo se ligou mais intensamente. Onde finalmente há minha participação em grupos ativistas e, claro, um ativismo individual tb.
Um ano que ainda promete mtas histórias.
E é nesse ano que comemoro em cima de um trio.
Em 2003 era apenas um garoto, ainda com medo de se assumir. Ainda trancafiado em seu armário trancado.
E foi naquela parada que um feixe de luz se fez entrar. Foi naquela parada que a vontade de colocar a cabeça pra fora se fez mais presente.
Observei toda aquela manifestação. Recebi cantadas. Interagi com outros que considerava iguais, com outros que passavam pela mesma condição.
Uma primeira experimentação e aproximação com aquele mundo tão estranho e ao mesmo tempo familiar.
E na minha sétima parada, só não estando presente na do ano passado.
Na minha sétima parada, marcando a metade das paradas ocorridas.
Nesse número cabalístico,
Pude subir em cima de um trio. Dançar, gritar contra a homofobia.
Balançar a bandeira e dizer:
Sou gay e muito mais...

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