terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Reportagem

Éramos cinco dando uma entrevista para um curta. Não sabíamos mto bem o que seria exatamente o curta. Mas entendemos que era um trabalho para a prefeitura. Nem mesmo seus autores tinham certo para onde iríamos.
Mesmo assim concordamos em filmar, em dar nosso depoimento.
Estava nervoso, na verdade, estávamos todos. Dois tinham gravado antes de nós.
Mas o que dizer, o que falar? O que saber o que é importante?
E aquela câmera apontada para a minha cara como um bazuca. Um tiro de exposição do qual nem sei a dimensão. Só sei que seria grande.
Conversamos um pouquinho, tive algumas orientações. Mas foi ao sentar naquela cadeira com um microfone no pescoço. Td ficou branco em minha mente e só pensei nas pernas trêmulas. Algumas palavras saíram de minha boca, sem controle, sem direção.
Pararam algumas vezes para me ajudar a organizar e retornar para meu livro de vivências.
Falei de minha mãe, de meu pai. Assumi, expus, travei.
E no final, qdo td acabou, uma vontade repetir, de fazer melhor, de ser mais claro, grudou nos meus pés e não quis soltar.
Foi-se, perdi minha virgindade para as câmeras. Fiz o melhor que pude. Mas o desempenho da primeira vez sempre deixa a desejar...

Um comentário:

  1. É garotão! Tu acha que é fácil... hehehhe

    Mas adorei o jeit que descreveu isso, espero poder ver logo resultado da sua primeira vez!

    beijos

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